Cacau

Roça Uba-Budo
S. Tomé
Fotografia: JMPhoto

Technicolor

Mustafah Abdulaziz

Mustafah Abdulaziz é um jovem fotógrafo americano (n. New York City, 1986) que tem vindo a captar a atençāo dos círculos internacionais da fotografia documentária.

Com um estilo marcado e um processo criativo muito particular, aqui descrito pelo próprio, os critérios técnicos nāo são, seguramente, a prioridade primeira para Mustafah.

As imagens impõem-se pelo conteúdo documental, em séries coerentes – aqui ficam algumas imagens da série Water Scarcity – mais do que pela perfeição técnica ou, até, plástica. Depois, o “look” Polaroid, certamente trabalhado, faz o resto.

Worked as the first contract photographer for The Wall Street Journal. Has been published in The New York Times, Monocle, Newsweek, Le Monde, NPR, Mother Jones, National Geographic Poland, Outside Magazine, Financial Times, The New Yorker, Telegraph Magazine, The Guardian, Fader Magazine, VICE Germany. In 2012, he was named one of PDN’s 30 Emerging Photographers to Watch.

Water (2012-2018) is photographic typology of a natural resource in crisis. Structured into chapters, the project reflects on our relationship with water, how we use and misuse it, to ultimately understand our place within one of the greatest challenges of our time. This on-going project, spanning water issues from 32 countries, has received grants from the Pulitzer Center on Crisis Reporting, commissions from the United Nations and WaterAid.

Justin Jin by Francisco Vilhena

Mão amiga fez-me chegar uma excelente entrevista publicada na Granta, versão inglesa, a um fotógrafo que, confesso, não conhecia.

Com a particularidade de o entrevistador ser Francisco Vilhena, assistente editorial da Granta, mais um português a fazer carreira de relevo no exterior, neste caso numa prestigiada publicação internacional de referência. A entrevista integral está aqui.

O fotógrafo é Justin Jin.

“I can hold my own with vodka-drinking convicts in Russia, shoot the breeze with celebrities in China, and eat raw reindeer brain with nomads in the Arctic. In my 15 years working with some of the world’s best clients, I cross mountains, borders and permafrost to find unique stories.

Born in Hong Kong in 1974, I wanted to see the world, and challenged myself to speak Chinese, English, Russian and Dutch. Ideas fascinate me (I studied philosophy and political science), but it’s the exploring, the driving mission to bring back truly inspiring work, that lights my fire.

My primary tool is photography, though I’m a published writer and a developing video director too. Through my lens I seek meaning; through my images and words, I unleash it.”

O trabalho, base da entrevista, é “Zone of Absolute Discomfort”, um documentário fotográfico sobre a zona Ártica da Rússia, que lhe valeu um prémio Magnum Foundation.

Não percam a entrevista e não deixem de ver o trabalho de mais um grande fotógrafo daquela zona da fotografia que me interessa verdadeiramente, o realismo documental, a imagem humanizada, o instante efémero, afinal, apenas e só,”o Mundo lá fora”.

Oystein Aspelund

Mais um nome a fixar: Oystein Aspelund.

Com um percurso muito recente (fotografa há, apenas, 5 anos), apresenta um trabalho de notável rigor técnico e consistência temática. Talvez influenciado pela sua formação de base na área da arquitectura.

A série “Forgotten Heroes” é um bom exemplo da relação que o fotógrafo estabelece entre a imagem e a motivação cultural que lhe está subjacente.

Noutra dimensão, os registos a  preto-e-branco são simplesmente magníficos.

I have always been interested in visual expressions. However, my photographical journey started in 2009. I like to explore themes and investigate ideas through series of images. My degree in architecture affects my work, motivation and choices of topics. Thematically, I seek to have a kind of cultural presence in my photographs. I like to travel where my camera takes me, often to places people don’t know exist. Between the four walls of my room or the other side of the planet. I try to show the world in a different way than people usually see it.

One of my main themes of inspiration are places that have seen rapid changes. It may be borderlands where the civilization turns into the wild. Or reflections on the struggle between man and his environment. Often the results end up in a field between traditional documentary and art photography.

Some of my recent work involves investigations into the relationship between color and shapes in a more minimalistic way. But beauty itself is not enough. A great picture also needs substance, a kind of deeper meaning, with possibilities to reach further levels of understanding, investigations and enlightenment. To me, one of the unique aspects of photography is its power to document. Even if it is not a true documentation of the reality.

Mathieu Asselin

Nascido em 1973 no sul de França, Mathieu Asselin iniciou a carreira aos 16 anos de idade, como assistente do realizador venezuelano Alfredo Anzola.

Após um breve regresso a França, onde foi representado pela agência L’ Oeil du Sud, radicou-se em New York em 2005.

Com trabalhos publicados na imprensa, generalista e especializada, e intervenções na área da publicidade, tem o “retrato documental” como foco principal do seu trabalho e preferência pessoal.

“As a documentary photographer, I like the adventure of building and creating the reality through my lighting technique. Through the lighting, I build mood and atmosphere, and I come the closest to the truth, at least the truth the way I see it.”

Um registo denso, suportado por imagens normalmente sub-expostas e sobre-saturadas. com forte intervenção em pós-produção, o que é facto é que a opção funciona bem com os temas abordados.

Um must see !