Behind Photographs

O projecto Behind Photographs é uma ideia genial do fotógrafo Tim Mantoani.

Afinal, tão simples como isto: “fotografar os fotógrafos com as suas fotografias” passe a cacofonia.

Para o fazer, Mantoani rodou pelos EUA durante 5 anos, com uma Polaroid de grande-formato de bagagem, registando o reencontro do artista com a sua obra icónica.

Reuniu imagens de 150 fotógrafos contemporâneos,  americanos ou residentes nos EUA, junto das imagens que se tornaram famosas e que, ganhando vida própria, vieram, na maioria dos casos, a remeter para a sombra o próprio artista. Ou seja, em que a criatura suplantou o criador.

O livro que resultou deste trabalho inclui ainda notas manuscritas e autografadas dos autores.

Um documento IM-PER-DÍ-VEL !!!

The History of Polaroid Photography

Polaroid photography owes its existence to the discovery of the polarization of light. This polarization of light was discovered in 1669 by Erasmus Bartholin when he saw two images of a single object viewed through a rotating crystal. An explanation to this phenomenon was given 150 years later by Thomas Young. This explanation was applied to the creation of the Nicol prism by William Nicol. This prism was made of two crystals of Iceland that separates light rays at right angles. It was then used to understand different elements and aspects of chemistry.

Dr. Edwin Land was an American physicist. He worked on the concept of the polarization of light that led him to invent a polarization filter that would help camera lenses in eliminating glare and reflection. In 1929, he came up with a way to polarize light without the use of crystals, and from there, he developed products largely related to photography. His research and development of sheet polarization filters eventually gave him enough traction to build a company in 1937 and it was called Polaroid Corporation. The company manufactured lamps, sunglasses and of, course, filters.

1940

The company introduced several products during the second world war like sighting mechanisms and polarized goggles. Development of photography-related products slowed down during the war but after that, development continued, leading to the introduction of instant photography in 1947. The first instant camera, called Polaroid Model 95, was introduced in 1948 and it sold out quickly.

 1950

With sales continuously going up, different camera models were introduced including the Model 110, the Model 80 and the Model 700. Along with these cameras, different kinds of films were also introduced like Types 31, 32, 41, 42 and 43. By 1956, over one million cameras were sold. Towards the end of the decade, more camera models were developed and introduced, leading to the first automatic exposure camera called the Model 900.

1960

Automatic cameras were continuously being developed during the 60’s, including automatic 100-series cameras and the professional level cameras like the Model 180. In 1965, the very first instant portrait was introduced and it changed the passport photo business, and other businesses that depend on developing photos quickly, forever.

 1970

Instant photography was more popular than ever and Polaroid was the king. Since the beginning, Polaroid cameras used pee-apart technology that was wet, thanks to the process of chemicals joining with photo paper as images are taken. In the early part of the decade, 1972 specifically, this wet development process was replaced by a dry development process that involved developing film using light. The SX-70 camera was the first model to introduce this dry development process. By the end of the decade, Polaroid cameras were already using auto-focus technology.

1980 and Beyond

Dr. Land left the Polaroid Company in 1982, but the company pushed forward in developing cameras aimed at instant photography. Different cameras that sported different technologies like the Spectra System, high definition grid film and transparent cameras. Polaroid photography started to use celebrities to endorse their cameras to appeal to the public which was losing interest in instant photography, thanks to the emergence of digital photography. This loss of interest seems unstoppable as more and more people are losing interest in Polaroid cameras and leaning towards digital cameras. The Polaroid company eventually saw that using instant film cameras is no longer a preference for most consumers. The company ceased the production of all instant film cameras in 2009. The history of Polaroid photography is in no way over. In 2011, Lady Gaga was hired as the company’s creative director to develop new products like printers.

Fernanda Montoro

E, ainda a propósito de Polaroids, vale a pena ver o trabalho da fotógrafa Fernanda Montoro.

Uruguaia de Montevideo, residente em Londres, Fernanda Montoro desenvolve um projecto fotográfico de grande consistência, critério e, sobretudo, originalidade.

O look retro das belas imagens que mostra, está, em muito, explicado pela opção por câmaras Polaroid clássicas. O resto é talento.

A Magia da Polaroid

Está patente até ao próximo dia 29 de Abril, na Casa da Cerca, em Almada, uma exposição sobre a mítica Polaroid.

A exposição, intitulada “A Magia da Polaroid”, tem base a Colecção Cunca, abrange o período entre 1948 e 2010 e reune cerca de 60 modelos da marca.

A não perder.

 

A Magia da Polaroid (1948 -2010)
Coleção Raul Cunca

Descrição

Nesta exposição podem ser vistos os variados modelos de época, desde os anos 1948 a 2010.Esta mostra permite uma abordagem quer ao desenho dos aparelhos fotográficos (design de equipamento), quer ao uso da fotografia como instrumento do desenho.

A exposição é constituída por uma surpreendente coleção de sessenta modelos de máquinas fotográficas instantâneas Polaroid representativas do período de produção da empresa balizado pelos anos de 1948 (ano da produção da primeira máquina instantânea) e de 2010 (ano da comercialização da primeira máquina instantânea digital).

Os exemplares que constituem a exposição celebram a memória da popularização da fotografia instantânea e do inventor Edwin Herbert Land, fundador da Polaroid Corporation, sendo um exemplo do espírito empreendedor norte-americano que conseguia tornar as invenções em produtos de acesso fácil, chegando aos utilizadores através da sua produção massificada.

A constituição da empresa é também contemporânea do nascimento do design industrial nos EUA, sendo possível reconstruir este momento através de um percurso pelas máquinas fotográficas e documentos da época apresentados na exposição. Os primeiros exemplares expostos foram concebidos pelos mais notáveis pioneiros do design industrial norte-americano, nomeadamente Walter Dorwin Teague, Henry Dreyfuss e Albrecht Goertz, bem como os últimos modelos são também representativos do design de produto contemporâneo deste país, com projetos liderados pelo inovador gabinete IDEO.

A exposição é ainda apresentada através de um livro que ilustra a coleção e a documenta, contextualizando as máquinas fotográficas instantâneas, quer enquanto objetos técnicos inscritos na cultura material, quer pela sua importância como objetos paradigmáticos da história do design.

A exposição A Magia da Polaroid – Coleção Raul Cunca representa assim o percurso do design industrial norte-americano entre a década de quarenta do século XX e o decénio de dez do século XXI e marca também os 75 anos da fundação da empresa Polaroid Corporation.

Nota biográfica do Comissário Científico e Colecionador

Raul Cunca

Nasceu em Lisboa, no ano 1963. Doutor em design de equipamento pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Mestre em design industrial pela Domus Academy de Milão e Licenciado em design de equipamento pela Escola de Belas-Artes de Lisboa. É desde 1994 Professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, exercendo, a partir de 2008, a coordenação da Área de Design de Equipamento. É também Professor da Escola de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco e Professor visitante do Master em design industrial da Prima Facoltà di Architettura da Sapienza Università di Roma.

Como designer foi premiado em vários concursos destacando-se o de “Mobiliário Urbano para a Cidade de Aveiro” e desenvolve a sua atividade em diferentes áreas (Equipamento, Produto, Museografia e Equipamento Urbano). Desde 1986 participa regularmente em exposições em Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, EUA e Japão.

Os seus projetos têm sido publicados em revistas nacionais e estrangeiras, tais como: Revista Expresso; Pública; Design Report; Domus; Intramuros; Interni; Design Diffusion News. É também da sua autoria o livro Territórios Híbridos, UL-FBA, publicado em 2006.